A cochonilha Rastroccocus invadens é originária da Ásia e ataca diversas espécies de plantas ornamentais e fruteiras.
Foto: Centre for Agriculture and Biosciences International (CABI)
O amplo círculo de hospedeiros, condições climáticas adequadas e ausência de inimigos naturais nos locais onde foi introduzida podem ter contribuído para essa rápida disseminação.
Por identificar o grande potencial de dano econômico que essa cochonilha apresenta para a nossa agricultura, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento incluiu R. invadens na lista de pragas quarentenárias ausentes para o país. Como ela tem baixa capacidade de dispersão ativa e, até 2015, estava restrita aos continentes africano e asiático, não era motivo para muita preocupação. Mas, tendo por base o conceito de que risco é a probabilidade de que um perigo venha a acontecer, a situação mudou de figura quando a espécie foi detectada na Guiana Francesa, país que faz fronteira com o Amapá.
A descoberta foi feita em 2014 e publicada em 2015 por um grupo de pesquisadores coordenado por Jean-François Germain. O transporte de frutas ou outros materiais vegetais infestados é considerado o meio mais provável de entrada da praga no continente americano. O controle biológico é a alternativa mais viável para manter a população da praga abaixo do nínvel de dano e diversas espécies de parasitoides são conhecidas.
O Brasil precisa ficar alerta. Outras espécies de cochonilhas já entraram no país a partir da fronteira norte, tais como a cochonilha rosada e, mais recentemente, Lecanodiaspis dendrobii.
Fonte: Portal Defesavegetal.net